EnEPA

Encontro de Ensino e Pesquisa em Administração da Amazônia

Realização:

Programa de Pós-Graduação Mestrado em Administração (PPGMAD/UNIR) Universidade Federal de Rondônia

Patrocínio:

Capes

SUBJETIVIDADE DO PERFIL DE LIDERANÇA

Reginaldo Pedroso
Faculdades Associadas de Ariquemes
pedroso.reginaldo@hotmail.com

RESUMO

Um dos fatores essenciais ao processo da administração estratégica é o controle que se traduz como sendo o ponto de partida para o planejamento eficiente. Neste sentido, percebe-se que muito embora o planejamento seja a meta de uma eficiente gestão, o controle será a ferramenta que possibilitará a conclusão do objetivo traçado. Para que esse controle seja efetivo, um lider torna-se fundamental dentro do contexto organizacional. É inegável admitir que a liderança seja uma necessidade que se encontra em todos os segmentos sociais, trata-se, pois de uma relação entre um indivíduo e o grupo. Por conseguinte, essa relação só existirá quando o grupo enxerga nesse líder, um controlador de mecanismos que venham satisfazer suas necessidades, e segue-o, a fim de que tenham possibilidades de aumentar as chances de alcançar seus objetivos em todas as vertentes. Mas afinal, o que é ser um líder? Toda organização almeja encontrar seja no mercado de recursos humanos ou mesmo dentro de seu quadro de colaboradores um indivíduo que possa assumir a função de líder e controlar as ações estratégicas para alcançar seus objetivos. Mas os que estamos chamando de líder? O que é líder para uma organização terá as mesmas características para outra organização? Essas perguntas ainda não foram respondidas de forma conclusivas, a literatura apresenta várias teorias sobre lideranças e seus respectivos tipos, mas encontra-se uma lacuna quando queremos contratar um líder para uma organização e esbarramos na subjetividade do conceito de liderança. O objetivo do presente estudo foi descrever a percepção que gestores têm sobre o conceito de liderança. Participaram do estudo trinta gestores de diversos segmentos do mercado, onde foi apresentado um protocolo para que os mesmo pudessem responder. O protocolo foi elaborado a partir de 10 características que na literatura se apresenta como fator de liderança (por exemplo: o que significa influenciar pessoas; o que significa gerenciar; o que é ser comunicativo; o que é trabalho em equipe; entre outras), onde os participantes deveriam responder o que eles entendiam por cada uma. Em seguida a cada característica era solicitado aos participantes que numa escala de 0 a 10 quanto dessa respectiva característica uma pessoa deveria ter para ser um líder. Os resultados demonstraram no geral que não existe uma concordância no que se refere o conceito de liderança. Para os itens que eram questionados sobre os significados das características do líder obteve-se uma variedade de respostas diferentes intra-grupo, demonstrando assim, uma dificuldade em determinar de forma operacional o que venha ser um líder. Já para os dados obtidos nas escalas, os resultados demonstraram uma variabilidade entre os participantes, não sendo possível quantificar um perfil de liderança. Pode-se concluir que a partir dos resultados as organizações podem enfrentar problemas quando buscam um líder, devido à subjetividade do conceito em questão, principalmente se tratando de consultoria externa. Fica a necessidade de outros estudos com intuito de operacionalizar e se possível quantificar o conceito de liderança para que organizações não percam recursos na busca de algo que para cada um tem definido seu próprio conceito de liderança.

Palavra-chaves: liderança, subjetividade, operacionalização

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