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Encontro de Ensino e Pesquisa em Administração da Amazônia

Realização:

Programa de Pós-Graduação Mestrado em Administração (PPGMAD/UNIR) Universidade Federal de Rondônia

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DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO DAS RESEX DE RONDÔNIA: UMA ANÁLISE DA VISÃO DOS PRINCIPAIS ATORES

Neima Quele Silva
neimaquele@yahoo.com.br
Universidade Federal de Rondônia

Carlos André da Silva Muller
profcarlosmuller@yahoo.com.br
Universidade Federal de Rondônia

RESUMO

A considerar as Reservas Extrativistas (RESEX) como uma política pública de conservação da biodiversidade a partir da institucionalização de uma forma inovadora de gestão conciliando o homem e a natureza, este artigo teve como objetivo analisar como dois grupos de atores sociais interpretam essa institucionalização. De um lado os extrativistas, de outro os representantes de organizações que giram em torno das RESEX. Como referencial teórico, considerou-se a abordagem institucional da sociologia organizacional de Meyer e Rowan, Dimmagio e Powell e Scott e do outro a sociologia econômica representada por Neil Fligstein. Metodologicamente, utilizou-se o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) como forma de compreender como o discurso de ambos os grupos no que se refere a definição de extrativismo, desenvolvimento e sustentabilidade. Os resultados apontam para discursos bastante distintos, sendo os extrativistas relacionando suas atividades como meio de sobrevivência, com pouca conotação ambiental. Por outro lado os representantes das organizações demonstram ter um discurso politicamente correto, mas com pouca eficácia na gestão ou apoio às RESEX. Conclui-se que esse descompasso reflete negativamente na gestão destas Unidades de Conservação e que a sustentabilidade ainda não tem sido atingida nessas áreas, vez que a baixa renda tem feito extrativistas optarem por manejos florestais, cada vez mais frequentes.

Palavras-Chave: Extrativismo, desenvolvimento, sustentabilidade, institucionalismo, sociologia econômica

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